Luiz Felipe Assis

ENTREVISTA COM LUIZ FELIPE ASSIS

EX-ALUNO, PAI DAS ALUNAS LUANA E MARIANA ASSIS

História no Andrews

Entrei no colégio em 1970. Vim do Paraíso Infantil Popeye, no Clube Piraquê, onde fiz o Jardim de Infância e o pré-primário. Depois fiquei dez anos no Andrews, desde o primeiro ano primário até o terceiro ano científico. Fiquei na Visconde de Silva, até a 6ª série. Depois fui para a Praia de Botafogo na 7ª série e fiquei até 2º ano científico.  O 3º científico foi o primeiro ano nesse prédio da Visconde de Silva. Peguei várias obras de transformação aqui no colégio. Quando iniciei aqui, nos anos 1970, havia a casa e uma pequena edificação atrás, um prédio antigo, que ainda dá para reconhecer. O campão era um campo de terra batida. Vi as obras do primeiro prédio, que surgiu ao lado do prédio antigo, e, finalmente, no terceiro ano cientifico, foi feito o primeiro pavimento desse prédio onde hoje funciona o Ensino Médio. Vieram para cá quatro turmas do vestibular – duas tecnológicas, junto com a área de humanas, e o pessoal da medicina, onde hoje é o teatro. Naquela época as turmas eram divididas por área, e eram turmas grandes.  Estamos falando de  80 a 100 alunos por turma. Fui da turma que inaugurou esse prédio.

Mantenho algum contato com colegas que também fizeram vestibular para Engenharia na UFRJ, como o Luiz Fernando Alves, o Francisco Garrido. Cheguei a estudar com o Pedro Flexa.

Por que matricular as filhas no Andrews

Eu já gostava do colégio.  Fui criado aqui, acompanhei a expansão do colégio e a reestruturação. Quando minhas filhas nasceram, elas foram para a escola muito cedo, com seis meses já estavam na creche. O primeiro lugar que procurei foi o Andrews Baby, e, por coincidência, quem abriu a porta foi justamente a diretora, a Magda. Eu falei: “Tia Magda!” E ela me reconheceu no ato. Ela foi minha primeira professora, no 1º ano primário. Minhas filhas ficaram no Andrews Baby até a hora de passar para o colégio. Elas se alfabetizaram no Andrews Baby e vieram para cá porque eu queria uma boa formação, mas não necessariamente a de uma escola religiosa. 

Importância do Andrews na formação como indivíduo

A escola tinha como valores a família, a amizade, coisas que prezo muito. Até no contato com os professores: eram pessoas que tinham conhecimento, mas também davam lições de vida. Isso criou um ambiente que ajudou na minha formação, em termos de não ser tão individualista, de pensar nas outras pessoas e trabalhar o esforço, que é importante para alcançar um objetivo, seja qual for. Isso foi importante na minha vida. O colégio também sempre foi muito acolhedor. Era uma casa que nos acolhia.

Andrews pensa diferente / faz diferença

O Andrews abre espaço para uma dimensão mais lúdica, cultural, nos leva a conhecer as diferenças, entendendo que é importante estudar. Eu sou da área tecnológica, mas acho que é importante se ter Teatro, Arte, uma formação cultural. Faz parte da formação do indivíduo, e o colégio estimula isso. Na minha visão, o fato de não pensarmos o colégio apenas como um local onde se estuda, mas como um local de formação, é importante. Esta é a visão das próprias pessoas que dirigem o Andrews.

Características que contribuem para o Andrews chegar aos 100 anos

É realmente incrível uma instituição no Brasil fazer 100 anos, ainda mais uma instituição de ensino. Eu vivi um período em que havia várias escolas em Botafogo, e muitas fecharam. É difícil manter uma instituição em um país como o Brasil. Acho que o Andrews, nesse sentido, conseguiu ser uma referência, pelo empenho da direção no sentido de ter uma escola, escolhendo os caminhos certos e não se afastando deles em função de modismos, em função de indicadores de vestibular. Cursinhos surgem, vivem seu período até o apogeu e depois acabam.  E as escolas tradicionais mantêm seu rumo, cada uma com sua visão, mas transmitindo uma tranquilidade para as famílias. Acho que isso é importante paro Andrews ter atingido essa marca. Quando eu entrei aqui, o Andrews tinha acabado de fazer 50 anos. Agora estou vendo minhas filhas participarem dos cem anos. É uma coisa realmente incrível.

Outras pessoas da família que passaram pelo Andrews

Eu fui o primeiro. Minha irmã caçula, Ana Maria, veio para o Andrews no científico, e seu filho, João, chegou a estudar um tempo no colégio.

Andrews do futuro

Espero que continue sendo uma referência, uma boa escola, com uma visão laica e um bom padrão de ensino. Sempre falo com minhas filhas: um dos legados que podemos deixar para os filhos é a Educação, tanto no sentido da formação da pessoa quanto do conhecimento. O colégio precisa manter isso, não se perder, para chegar aos 150, 200 anos. O Brasil precisa de instituições longevas, que persigam seus objetivos.

Lembranças e fatos marcantes

Quando voltei ao colégio para trazer minhas filhas, reencontrei o Wanderley, na época um garoto que jogava bola conosco, na Praia de Botafogo. O porteiro daquela época  continua zelando pela portaria. Foi uma surpresa vê-lo, tanto tempo depois, ainda trabalhando no colégio. 

Lembro-me quando comemoramos os 60 anos (“sessenta Andrews”), e entre as comemorações, houve uma gincana. 

Acho que foi em 1979 que o Brasil estava disputando o campeonato de basquete, e os jogos eram em Manila, nas Filipinas. Todo mundo queria ver o jogo, e o diretor resolveu:  suspendeu as aulas e botou o rádio no alto falante, com todos no pátio escutando. 

Lembro de professores marcantes: Penha, que depois encontrei na Escola de Química da UFRJ. Fiquei sabendo que o Afonso, que dava aula de Física no 3º ano, continua aqui como professor. Eber, de Física, com sua motoca, Léo, foram vários professores marcantes, além das aulas de Teatro e das peças que montamos, mesmo sem ter o TACA ainda.

 


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