Entrevista com ROBERTO BIERKLAND - EX-ALUNO E PAI DO ALUNO IAN SÁ FREIRE BIRKELAND
Trajetória no Andrews
Entrei no Andrews em 1970, aos três anos de idade, e saí em 1983. Estudei lá minha vida toda, fiz grandes amigos, tenho um carinho enorme pelo colégio.
Contato com ex-colegas
Mantenho contato com os amigos até hoje. Frequento a casa do Carlos, da Maria Isabel. O Cícero é um amigo que começou junto comigo, em 1970, e nos formamos juntos. Sempre mantivemos o contato. Um amigo nosso foi morar na Espanha e veio ao Brasil no ano passado. Fizemos um jantar, chamamos vários colegas da turma.
Por que matriculou o filho no Andrews
Acredito que um bom colégio vai além da questão do ensino. Os amigos que fazemos no colégio, carregamos para o resto da vida. Posso passar 20 anos sem vê-los, e quando os encontro, a conversa flui. São amigos de coração.
O meu pai, Lars Bierkland, também estudou no Andrews, formou-se em 1952. Sua mãe era do Pará, onde se tornou amiga da dona Alice Flexa Ribeiro. Minha avó se casou e veio morar no Rio. Quando acabou o colégio em que meu pai estudava, na Praia de Botafogo, a dona Alice falou com a minha avó: “por que você não matricula seu filho no Andrews?”
Assim, meu filho Ilan é a terceira geração da família a estudar no Andrews.
Importância do Andrews na sua vida
O Andrews foi importante por todo o ensinamento que os professores transmitiram: não só o conteúdo das disciplinas, mas os valores. O colégio me ensinou a ser uma boa pessoa, a agir corretamente, e é isso que eu tento passar para o meu filho.
O colégio também nos deu uma formação excelente. Meu pai passou em 1º lugar para a Escola de Química. Meu irmão, que também estudou lá bastante tempo, passou para as faculdades de Engenharia e Direito, sem precisar de cursinho. Eu, que estudei no Andrews a vida toda, passei para Engenharia na PUC. Todos os meus amigos passaram bem no vestibular, são bons profissionais, têm uma formação maravilhosa.
Andrews pensa diferente / faz diferença
O Andrews consegue congregar pessoas de diversas linhas ideológicas e filosóficas e colocar todos no mesmo cenário, em harmonia. É um colégio que tem disciplina, tem regras, faz essas regras serem cumpridas, o que considero uma das coisas mais importantes, para o resto da vida.
O que fez o Andrews chegar aos 100 anos
É um colégio sério, que prepara as pessoas não só para o Enem, mas para a vida, fazendo com que o aluno tenha contato com várias vertentes de pensamentos.
Andrews do futuro
Eu espero que o colégio complete mais 100 anos, porque tenho esperança na possibilidade de fornecer esse tipo de ensino e de educação para os alunos do futuro.
Lembranças e fatos marcantes
Lembro-me da construção do campão, de ver o colégio crescer. Quando eu estudava na Visconde de Silva, havia apenas o prédio onde hoje fica a Secretaria. Na atual sala da Coordenação, ficava o Pré-Primário, e a sala do Jardim de Infância era na frente.
Tive uma professora de Português, a Laurinéia, na 5ª série, que costumava escrever no braço dos alunos, a caneta, as besteiras que as pessoas faziam na aula ou na prova. Era divertido, nada ofensivo.

Roberto Bierkland
100 anos do Colégio Andrews